Por Marcello Freitas e Gabriela Bittencourt
Localizada no centro do País de Gales, a pequena Hay-on-Wye é um exemplo de cidade que se reinventou para movimentar a economia local. Conhecida como a capital dos livros de Wales, tem cerca de 30 livrarias que comercializam basicamente livros usados.
Localizada no centro do País de Gales, a pequena Hay-on-Wye é um exemplo de cidade que se reinventou para movimentar a economia local. Conhecida como a capital dos livros de Wales, tem cerca de 30 livrarias que comercializam basicamente livros usados.
O caso de
Hay é um dos primeiros exemplos de como uma cidade pode se reorientar social e
economicamente a partir do estímulo da economia da cultura. Ao se promover como a cidade dos livros, Hay-on-Wye logrou desenvolver uma vibrante cadeia produtiva cultural que
movimenta não somente sua rede de livrarias, como também o comércio local, restaurantes e hotéis da região.
A primeira
livraria da cidade foi aberta em 1960 por Richard Booth. Seu feito foi tão
marcante que ficou conhecido como “rei da Hay Independente”. Booth chegou a
viver, inclusive, no Hay Castle, uma mansão do século XVII localizada no
terreno do castelo original.
Os motivos para o título de cidade dos livros não param por aí. Desde 1988, Hay realiza, anualmente, um festival literário que vem inspirando eventos semelhantes ao redor do mundo, incluindo a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty).
Calcula-se
que, durante o festival, que acontece no final de maio e no início de junho,
cerca de 85 mil pessoas de várias partes do mundo passem pela cidade. Esse
número é muito superior à população de Hay, que conta com cerca de 1,6 mil
habitantes.
Hay-on-Wye é um exemplo de como a cultura vem se tornando um
dos grandes motores da economia contemporânea, o que reforça a ideia de que a
economia da cultura pode se configurar como um importante vetor de desenvolvimento.
*Marcello Freitas é doutorando em Política Internacional pela Aberystwyth University. Tem como foco de pesquisa a diplomacia cultural, a partir de uma visão multidisciplinar que inclui ainda áreas como História, Comunicação Social e Administração. Sua dissertação de mestrado em Relações Internacionais teve como tema o universo da música na política externa brasileira. Também possui ampla experiência no campo prático da produção cultural e, atualmente, é baixista da banda Classe Z.
*Gabriela Bittencourt é jornalista com especialização em Gestão Estratégica da Comunicação. Atua em gestão de projetos de Comunicação e Marketing Digital.
*Marcello Freitas é doutorando em Política Internacional pela Aberystwyth University. Tem como foco de pesquisa a diplomacia cultural, a partir de uma visão multidisciplinar que inclui ainda áreas como História, Comunicação Social e Administração. Sua dissertação de mestrado em Relações Internacionais teve como tema o universo da música na política externa brasileira. Também possui ampla experiência no campo prático da produção cultural e, atualmente, é baixista da banda Classe Z.
*Gabriela Bittencourt é jornalista com especialização em Gestão Estratégica da Comunicação. Atua em gestão de projetos de Comunicação e Marketing Digital.